acreditar

Pra quem olha de fora, parece que tá tudo errado, mas calma.

Temos que aprender que pode ser certo sim, mas da maneira que a gente acredita.

Que tenhamos força pra defender o nosso bem, até a última gota do nosso suor. Abrir o peito com orgulho, pois nossa força que construiu nosso castelo, também nos dá coragem pra defender ele de todo mal. Colocaremos dentro do nosso reino quem torça pela nossa paz, quem cultive da melhor maneira as sementes por todos os espaços deixados vazios. Precisamos desistir de abandonar nossas crenças, por medos que nunca foram nossos. Canalizar nossa fé no peito de alguém que merece ser feliz também.

Não ser covarde com o mundo, mas aprender a semear a nossa coragem que vem de dentro.  Aprendemos a ser surdo, nem que seja pra poder peneirar o desejo alheio com as nossas vontades. O equilíbrio para entender que nem todo grito que vem de fora da nossa janela é incentivo, mas a malícia pra entender que nem todo gemido dessa vida precise ser de dor. Temos que ter forças nos punhos, pra aprender a não abrirmos mão. Dos nossos sonhos e do outro. Segurar firme e puxar pra perto. Desviar dos obstáculos ou curvar os aplausos, sem nunca desprendermos do nosso maior escudo.

Dessas coisas bonitas que a vida andou ensinando.

Aprendi que o amor só protege com a mesma força que você acredita nele.

Quando entendemos que a nossa felicidade pode ser refletida numa conquista que não é nossa. As fichas começam a cair naturalmente. Reparamos que nossos laços são maiores do que podemos controlar. Sentimentos uma corrente percorrer nosso corpo, por uma energia vinda exatamente da outra ponta das nossas mãos atadas. Apoiamos nossas armas e armaduras na mesma tábula.

Enfim, armados de flores e sorrisos.

Afogamos nossas hipocrisias em baldes de água fria, que podemos coletar com lágrimas. Criamos coragem para desabafar nossos medos, caminhamos nus e pedimos colo alheio. Oramos para que por alguns minutos os relógios tirem folga, só pra podermos justificar com firmeza que o tempo parece parar quando estamos nos braços de quem gostamos. Mergulhamos de mãos dadas em um mundo novo, moldado por sorrisos servidos em pares. Piadas prontas, que só fazem sentido, quando completadas por outra voz.

Assumimos mudanças enquanto mudamos.

Carregamos nossos melhores pedaços para decorar o início de uma nova história. Arrastamos nossos erros e entregamos no mesmo pedido. Abraçamos a imperfeição com alegria e agradecemos por termos quem nos entende tão bem. Despedaçados e descrentes, juntando seus cacos com a mesma matéria prima.

Um amor

Da maneira que a gente acredita.

Um amor da nossa maneira.

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autor_jorge

 

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